terça-feira, 23 de abril de 2013

"Filho Pródigo" - Livro: Grace Immersion - René Schlaepfer

Quarta-feira, 17/04/13 tivemos mais um Estudo Bíblico na IMeL (Igreja Metodista Livre) de Rio Preto.

Dessa vez, o Pr. Júlio César falou um pouco sobre o Livro "Grace Immersion" do Pr. René Schlaepfer da Twin Lakes Church, Califórnia, EUA.

O sermão do "Filho Pródigo" é uma linda história que nos fala de amor e perdão.

Embora, o Pr. René Schlaepfer, em seu Livro Grace Immersion traz um novo prisma para esse sermão.

O FILHO PRÓDIGO

Liturgia:
Lucas 15:11-32 NTLH
(11)  E Jesus disse ainda: —Um homem tinha dois filhos.
(12)  Certo dia o mais moço disse ao pai: “Pai, quero que o senhor me dê agora a minha parte da herança. ” —E o pai repartiu os bens entre os dois.
(13)  Poucos dias depois, o filho mais moço ajuntou tudo o que era seu e partiu para um país que ficava muito longe. Ali viveu uma vida cheia de pecado e desperdiçou tudo o que tinha.

 (14)  —O rapaz já havia gastado tudo, quando houve uma grande fome naquele país, e ele começou a passar necessidade.
(15)  Então procurou um dos moradores daquela terra e pediu ajuda. Este o mandou para a sua fazenda a fim de tratar dos porcos.
(16)  Ali, com fome, ele tinha vontade de comer o que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada.
(17)  Caindo em si, ele pensou: “Quantos trabalhadores do meu pai têm comida de sobra, e eu estou aqui morrendo de fome!
(18)  Vou voltar para a casa do meu pai e dizer: ‘Pai, pequei contra Deus e contra o senhor
(19)  e não mereço mais ser chamado de seu filho. Me aceite como um dos seus trabalhadores. ’”
(20)  Então saiu dali e voltou para a casa do pai. —Quando o rapaz ainda estava longe de casa, o pai o avistou. E, com muita pena do filho, correu, e o abraçou, e beijou.
(21)  E o filho disse: “Pai, pequei contra Deus e contra o senhor e não mereço mais ser chamado de seu filho! ”
(22)  Mas o pai ordenou aos empregados: “Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Ponham um anel no dedo dele e sandálias nos seus pés.
(23)  Também tragam e matem o bezerro gordo. Vamos começar a festejar
(24)  porque este meu filho estava morto e viveu de novo; estava perdido e foi achado. ” —E começaram a festa.
(25)  —Enquanto isso, o filho mais velho estava no campo. Quando ele voltou e chegou perto da casa, ouviu a música e o barulho da dança.
(26)  Então chamou um empregado e perguntou: “O que é que está acontecendo? ”
(27)  —O empregado respondeu: “O seu irmão voltou para casa vivo e com saúde. Por isso o seu pai mandou matar o bezerro gordo. ”
(28)  —O filho mais velho ficou zangado e não quis entrar. Então o pai veio para fora e insistiu com ele para que entrasse.
(29)  Mas ele respondeu: “Faz tantos anos que trabalho como um escravo para o senhor e nunca desobedeci a uma ordem sua. Mesmo assim o senhor nunca me deu nem ao menos um cabrito para eu fazer uma festa com os meus amigos.
(30)  Porém esse seu filho desperdiçou tudo o que era do senhor, gastando dinheiro com prostitutas. E agora ele volta, e o senhor manda matar o bezerro gordo! ”
(31)  Então o pai respondeu: “Meu filho, você está sempre comigo, e tudo o que é meu é seu.
(32)  Mas era preciso fazer esta festa para mostrar a nossa alegria. Pois este seu irmão estava morto e viveu de novo; estava perdido e foi achado.

Lucas 15:11-32 ARA
(11)  Continuou: Certo homem tinha dois filhos;
(12)  o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres.
(13)  Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente.
(14)  Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e ele começou a passar necessidade.
(15)  Então, ele foi e se agregou a um dos cidadãos daquela terra, e este o mandou para os seus campos a guardar porcos.
(16)  Ali, desejava ele fartar-se das alfarrobas que os porcos comiam; mas ninguém lhe dava nada.
(17)  Então, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome!
(18)  Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti;
(19)  já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores.
(20)  E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou.
(21)  E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho.
(22)  O pai, porém, disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés;
(23)  trazei também e matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos,
(24)  porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se.
(25)  Ora, o filho mais velho estivera no campo; e, quando voltava, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças.
(26)  Chamou um dos criados e perguntou-lhe que era aquilo.
(27)  E ele informou: Veio teu irmão, e teu pai mandou matar o novilho cevado, porque o recuperou com saúde.
(28)  Ele se indignou e não queria entrar; saindo, porém, o pai, procurava conciliá-lo.
(29)  Mas ele respondeu a seu pai: Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos;
(30)  vindo, porém, esse teu filho, que desperdiçou os teus bens com meretrizes, tu mandaste matar para ele o novilho cevado.
(31)  Então, lhe respondeu o pai: Meu filho, tu sempre estás comigo; tudo o que é meu é teu.
(32)  Entretanto, era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.

Muito interessante a maneira pela qual o Pr. René aborda esse sermão.

Muitas vezes não vemos a profundidade que essa passagem em Lucas retrata mais uma das nuances de Cristo - um verdadeiro revolucionário para sua época.

A "história" do Filho Pródigo era um conto conhecido desde a adolescência dos judaítas, isto quer dizer, as crianças judias em sua maioria já tinham ouvido falar dessa "historinha", cujo pano de fundo retrata o devaneio do filho mais jovem em "curtir a vida" aproveitando e gastando toda herança do pai.

O fato mais interessante é que a história contada por Jesus, inicialmente se parece muito com o mesmo conto infantil e lúdico que as crianças judias ouviam na infância.

Porém, o FINAL DA HISTÓRIA É TOTALMENTE DIFERENTE.

Cristo traz um novo parâmetro para os judeus, a fim de realmente mudar sua compreensão sobre AMOR e PERDÃO!

No conto judaico, quando o filho mais jovem "cai em si" ao retornar para a casa de seu pai, ele NÃO É RECEBIDO, pelo contrário, o pai o expulsa dizendo que "ele não é mais seu filho", uma vez que gastou toda herança!

UMA TRÁGICA HISÓRIA JUDIA. 

Nosso Senhor Jesus, muda totalmente o contexto da história tão conhecida na infância pelos judeus, ponderando uma nova situação: UM PAI AMOROSO. 

ASPECTOS IMPORTANTES:

1) FILHO MAIS MOÇO
-quis sua herança antecipadamente
-gastou tudo, desperdiçando
-chegou ao fundo do poço
-se arrependeu
-quis ter a vida dos “funcionários” de seu pai

2) PAI
-pai viu de longe e saiu correndo
-“correr” significava mostrar as pernas
-algo sem classe – que os ricos não faziam
-Pai pediu aos servos que trouxessem
                a) roupa
                b) anel
                c) sandálias

3) FILHO MAIS VELHO
-ficou enciumado
-não entendeu a decisão do pai
-se sentia um “escravo” do Pai


CONCLUSÃO:

Nós cristãos muitas vezes nos encontramos em um desses três papéis da história contada por Cristo. Às vezes somos o filho mais jovem, outras somos o "pai" e muitas vezes somos o filho mais velho.

Mas não se esqueça:
a) Ainda que você seja o "filho mais moço" tenha pecado, saído da presença de Deus, desonrado sua família, sua fé, Deus quer lhe dar nova chance! Aleluia! Ele quer te abraçar, como o pai abraçou aquele filho que estava "morto e perdido", mas foi encontrado.

b) Ainda que você seja o "Pai", saiba perdoar quando alguém lhe aborrece, quando um filho lhe maltrata, quando um irmão lhe joga uma pedra. Não seja tão duro consigo mesmo, haja como o pai, esteja de braços abertos, se precisar correr e levantar suas "roupas", não se importe, vá o mais rápido possível perdoar seu irmão(ã).

c) Ainda que você seja o "filho mais velho", que nunca falta aos cultos, sempre ora, jejua, evangeliza, mas ainda não recebeu o que está pedindo para Deus, não haja como aquele rapaz! Em que pese você ter sido chamado para ser servo sim, mas também somos "amigos de Deus!". Não se esqueça, tudo o que o pai tem é seu também!

2 comentários:

  1. Muito bom esse estudo. Não sabia que a ''história'' do filho pródigo era um conhecido conto judeu.
    Essa parábola é muito profunda para as nossas vidas, pois em meio as adversidades familiares,e até mesmo dentro da igreja, leva-nos a refletir o que o nosso Deus realmente quer de todos nós: O AMOR AO PRÓXIMO.
    Que Deus os abençoe.
    Adailton Lenon

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    Respostas
    1. Seminarista Adailton Lenon,
      paz.

      De fato é uma linda história, contada através de Jesus.
      Que linda a maneira pela qual Cristo muda o "prisma" da macrovisão judaica sobre amor e fidelidade.

      obrigado por comentar.

      Prof. Júlio César L. Ronqui

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